A Minha Carreira

Eles não sabem, nem sonham, que o sonho comanda a vida, António Gedeão

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Em 2013, cada português empregado trabalhava, em média, 39 horas por semana, menos cinco que em 1986

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Esta evolução tem sido acompanhada por uma significativa redução do horário de trabalho. Em 2013, cada português empregado trabalhava, em média, 39 horas por semana, menos cinco que em 1986. A redução foi concentrada sobretudo na década de 90, fruto de um conjunto de medidas de uniformização do sistema laboral nacional com o dos parceiros comunitários. Nos últimos anos regista-se mesmo um ligeiro aumento das horas trabalhadas, induzido pela degradação do mercado de trabalho e pelas alterações legislativas ao nível do setor público.
In “Três décadas de Portugal europeu: balanço e perspetivas”, Julho 2015

A elevada proteção ao emprego dos trabalhadores permanentes em Portugal contrasta com a flexibilidade nos despedimentos coletivos

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A comparação com os Estados-membros mais desenvolvidos confirma as distorções da legislação laboral portuguesa: os custos financeiros e processuais para despedir um trabalhador com vínculo permanente são os mais elevados, o custo adicional associado ao despedimento coletivo é dos mais baixos e a regulamentação do trabalho temporário está a meio da tabela europeia.
In “Três décadas de Portugal europeu: balanço e perspetivas”, Julho 2015

Em 2013, um em cada cinco assalariados em Portugal era contratado a prazo

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A degradação do mercado laboral tem sido pautada pela proliferação dos contratos a prazo, pior remunerados e mais vulneráveis à situação económica.
O forte peso dos contratos a termo certo, em detrimento dos vínculos permanentes, constitui um indicador poderoso do papel da segurança contratual na segmentação do mercado de trabalho. Em 2013, Portugal era o terceiro Estado-membro onde os contratos a prazo tinham maior peso, apenas atrás de Espanha e Polónia.
In “Três décadas de Portugal europeu: balanço e perspetivas”, Julho 2015

Em Portugal, entre 2008 e 2013, houve uma destruição líquida de 600 mil empregos

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O ritmo de crescimento da população empregada foi particularmente intenso até 2002. Nesses 17 anos, apesar do período negativo subsequente à recessão de 1993, foram criados 850 mil postos de trabalho. A estagnação verificada ao longo da década de 2000 e a destruição líquida de 600 mil empregos entre 2008 e 2013 reverteram na totalidade a criação de emprego registada entre 1995 e 2002.

In “Três décadas de Portugal europeu: balanço e perspetivas”, Julho 2015

O objetivo nacional de elevar a taxa de emprego acima dos 75% está cada vez mais longe

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A taxa de desemprego, ao superar o padrão europeu, e a taxa de emprego, ao passar para baixo desse mesmo padrão, evidenciam as profundas alterações em curso no mercado de trabalho português.
Portugal, que até 2006 mantinha uma taxa de desemprego abaixo do padrão europeu, foi o segundo Estado-membro que mais agravou o desemprego desde 1998, passando da sétima taxa mais reduzida para o quarto pior registo em 2013.
Em relação à taxa de emprego, Portugal distinguia-se pela elevada participação no mercado de trabalho, particularmente entre a população feminina e a população com mais de 64 anos.
No contexto da crise financeira, desde 2011 que se encontra abaixo do padrão europeu, registando a 11.ª taxa mais baixa em 2013. Está assim em perigo o objetivo nacional de elevar a taxa de emprego acima dos 75%, meta a que Portugal se comprometeu no âmbito da estratégia Europa 2020.
In “Três décadas de Portugal europeu: balanço e perspetivas”, Julho 2015

O desemprego estrutural constitui um dos principais desafios económico e social de Portugal

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O aumento do desemprego não é apenas cíclico. A subida do desemprego estrutural reflete formas de destruição irreversível de capacidades de produção. O desemprego em Portugal configura uma mistura complexa quer de desemprego conjuntural e estrutural, quer de desemprego clássico (défice de rendibilidade) e keynesiano (défice de procura). Este é o principal desafio na futura absorção do elevado nível de desemprego atual.

In “Três décadas de Portugal europeu: balanço e perspetivas”, Julho 2015

Portugal é dos países da UE em que a vantagem de concluir o ensino superior é menor

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No contexto da UE e dos parceiros iniciais da coesão, Portugal destaca -se pela maior disparidade setorial e pela menor diferença entre o desemprego da população com ensino superior e o desemprego da população com, no máximo, ensino básico, refletindo os problemas estruturais associados a uma lenta evolução da especialização e a uma difícil articulação entre segurança e flexibilidade no mercado de trabalho.

In “Três décadas de Portugal europeu: balanço e perspetivas”, Julho 2015

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