“Em Portugal não se reconhece o mérito”. “Ter o partido ou o amigo certo” continua a pesar mais que a competência nas nomeações depois das eleições, denuncia João Gabriel Silva, reitor da Universidade de Coimbra.
Há demasiados lugares, decisões e escolhas que são feitas não porque as pessoas são mais competentes, mas porque têm o partido certo, ou os amigos certos ou estavam no lugar certo à hora certa. Temos vindo a melhorar devagar, mas temos de acelerar esse processo. Este espectáculo a que assistimos, sempre que há uma mudança de partido no Governo, à mudança das pessoas de todas as estruturas intermédias do Estado e empresas públicas para lá colocar pessoas cujo cartão-de-visita é obediência, em vez de competência, não nos levará a lado nenhum. Porque depois as decisões são demasiado ineficazes e mal feitas. Não se trata de existir uma má intenção ou desvio de dinheiro ou corrupção. É simplesmente incompetência. Quando fizermos o esforço de escolher as pessoas mais competentes, o país irá dar um salto muito grande.
In “São colocadas pessoas no sector público cujo cartão de visita é a obediência e não a competência”
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Entre os trabalhadores que se encontram nestas situações, as mulheres estão desproporcionalmente representadas. Em suma, o modelo de emprego clássico é cada vez menos representativo do mundo do trabalho atual, uma vez que menos de um em cada quatro trabalhadores está empregado em condições que correspondem a esse modelo.
Além disso, a mudança na relação de trabalho pode estar a alimentar as desigualdades de rendimentos. Embora os dados variem entre os países, em média, a forma clássica de emprego é melhor remunerada do que outros tipos de trabalho – e a diferença tem vindo a aumentar ao longo da última década. Os trabalhadores temporários e da economia informal, os trabalhadores a tempo parcial e os trabalhadores familiares não remunerados, muitos dos quais são mulheres, também são desproporcionalmente afectados pela pobreza e exclusão social.
A análise do relatório da relação entre a regulamentação do trabalho e os indicadores-chave do mercado de trabalho, como o desemprego, sugere, no entanto, que a redução da proteção dos trabalhadores não se traduziu na diminuição do desemprego. Na verdade, as conclusões deste relatório sugerem que as mudanças mal concebidas que enfraquecem a legislação de protecção do emprego são susceptíveis de ser contraproducentes para o emprego e a participação no mercado de trabalho, tanto a curto como a longo prazo.
In “Perspetivas sociais e de emprego no mundo em 2015: mudança na natureza do emprego”, OIT
Passei tardes a copiar e a enviar centenas de CV’s. Recebi 6 respostas simpáticas, o seu currículo é excelente, diziam, agradecemos o seu interesse na nossa empresa, e eu interessadíssimo na empresa deles apagava a resposta. Houve uma positiva: convidaram-me a ir lá e eu fui lá, de transportes para poupar pois era um distante lá; quando cheguei e após uma hora de espera agradeceram, “veja lá que acabámos agora mesmo de contratar uma pessoa”, azar, e obrigado por se interessar pela nossa empresa. Nesse dia sequei uma lagrimazita rebelde ao canto do olho; a partir desse dia deixei de enviar currículos.