A Geração Sanduíche cuida dos pais quando ainda cuida dos filhos
A situação é cada vez mais frequente: casais que tratam dos pais e que ainda cuidam dos filhos. Às vezes, até dos netos.
São cada vez mais os adultos que vivem encaixados entre os filhos que ainda não são autónomos e os pais que começam a deixar de o ser. A Geração Sanduíche, assim denominada, está espremida entre duas faixas etárias completamente afastadas e tem de se adaptar a um ritmo galopante para conseguir suportar todo o agregado familiar.
Nasceram nas décadas de 50 e de 60, no período de transição entre o fim da Segunda Grande Guerra Mundial e o início das revoluções comportamentais. E amadureceram enquanto o país acordava para a democracia. Hoje, com um intervalo de idades que vai dos 50 aos 65 anos, a Geração Sanduíche cuida dos pais – que são hoje os pensionistas a quem foi cortado o orçamento – e dos filhos que entretanto tiveram – que enfrentam empregos precários ou o desemprego. A Geração Sanduíche cuida dos velhos e cuida dos novos, apertada entre adolescentes, desempregados, e idosos fisicamente dependentes.
In “Geração Sanduíche. Cuidar dos pais quando ainda se toma conta dos filhos“